domingo, 28 de julho de 2013

Sobre as vadias o papa e a política

Enquanto grito palavras obscenas a quem interesse o meu calor. O mundo gira, num tempo adverso, distinto do tempo que meu corpo processa. Se o corpo e a mente estão no século XXIII, o papa e sua corja atrasam as mentes e vidas em pelo menos mil anos. Enquanto o papa aparece no noticiário, Jaqueline, uma das muitas trans de tantas e tantas esquinas embarca pra São Paulo, tem o corpo pra explorar, pra turbinar, e tentar (r)existir, e hajam drogas pra inibir o cansaço e a dor. Jaqueline não sabe mas a estatística garante, morrerá antes dos 30. O papa sabe! Não de Jaqueline, mas dos números com os quais monta seu império, a fé pelo medo desesperador do inferno (já que o purgatório o outro papa fechou). E haja espaço no inferno pra tanta condenação.
 Enquanto isso num outro mesmo lugar, Antônia engravida, por erro (do Estado, da Igreja e do marido que a estuprou depois de chegar bêbado de novo), Antônia não quis delegacia, dá medo a polícia que também já lhe estuprou, Antônia que quer ser mãe não quer assim, faz um corre, consegue a grana pouca que paga a clinica onde morre. Antônia não sabe, mas ela também vira numero, mas daquele escondido pra não cumprir o procedimento lógico. O papa e o Cabral querem mais é que a Antônia morra.  
Quase no mesmo tempo, a Dilma vai a missa, e nem fala do PL, nem fala nada a presidenta que já olha 2014 e avistando reeleição pede a benção ao papa e ao Feliciano.

E é ainda nesse tempo, que está tempos e tempos a frente, que as mulheres vão pra rua, e peitam a igreja e o Estado (peitam com os peitos a mostra, que é do nosso feitio a ousadia) rejeitando as fogueiras do papado (as da inquisição e as do inferno), criando um novo tempo, onde ser feliz é o único verbo!!!

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