domingo, 21 de julho de 2013

da ressurreição da criança

Costurei-me com os fiapos coloridos das esperanças no futuro, e bordei em meu peito uma flor com os pequenos pedaços de barbante que restaram das lembranças. O que não deu pra costurar, emendei mesmo com esparadrapo, grude e  várias outras traquinagem, dessas que resgatam a infância, e, fazendo cessar dores (mesmo a mais escondidinha por trás do que fica atrás do âmago), ajuda a brotar no rosto sorrisos. Depois, recomposta, viajei dentro de um por do sol e quando retornei me vi inteira e sem remendo, com uma menina renascida no peito morrendo de vontades de recomeçar a brincadeira. 

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