Costurei-me com os fiapos coloridos das esperanças no
futuro, e bordei em meu peito uma flor com os pequenos pedaços de barbante que
restaram das lembranças. O que não deu pra costurar, emendei mesmo com
esparadrapo, grude e várias outras traquinagem,
dessas que resgatam a infância, e, fazendo cessar dores (mesmo a mais
escondidinha por trás do que fica atrás do âmago), ajuda a brotar no rosto
sorrisos. Depois, recomposta, viajei dentro de um por do sol e quando retornei
me vi inteira e sem remendo, com uma menina renascida no peito morrendo de
vontades de recomeçar a brincadeira.
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