sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Ode a falta


O que vive em mim me falta
Latente,
E não há palavras que resumam,
Nem mandingas que resolvam,
Nem tratores que removam,
Tanta falta do que nem sei...

Falta atitude no momento oportuno,
Onde as pernas tremem,
Os olhos mareiam,
E as mãos congelam,
Entre o espaço disso tido, e, daquilo desejado.

Faltam versos pra dizer,
Baixinho no pé d’ouvido,
Que falem de mim pra aquele ser,
Que fale do momento vivido,
E dos que ainda quero viver...

Falta ar nos pulmões,
Que me façam respirar,
Algo que não sejam as desilusões.
Falta fogo nas ações,
Que façam incendiar,
Todas as más impressões...

Falta um pouco de Eu em mim,
Falta um pouco da interioridade tranquila,
Falta um pouco de coragem,
Para ir além dessa lida
Tão cotidiana e vazia
Que embora tenha eventos
Por si, solitária como é,
Nem pode ser chamada de vida.

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