domingo, 23 de dezembro de 2012

Santidade minha de todo dia


Ritualizei-me ao meio do dia,
Entrando pela noite escura.
Como ensandecida, que não teme a morte,
Pois a vida é supremacia.

Se me perco em alvoroços,
Ou, me esquivo num instante,
Ressurjo: fênix bendita!
Que pra ser feliz não mede esforços.

Não que seja certa a vida,
Nem fácil de encontrar a felicidade,
Mas, se fui jogada no meio do mundo,
Abandonada aos meus próprios poderes,
Não poderia limitar ainda mais
As minhas poucas possibilidades.

Então me visto pra guerra,
Armando o rosto com o sorriso,
E, que seja o que eu puder,
E salve-se quem puder.
Porque meu querer é infindo,
E minha força redobrada,
Pelas estratégias de recuada.

E que venha mais dez fins do meu mundo,
Que até julgo necessário,
Pra poder reconstruir.
E de matéria de absurdo,
E forma de imaginação,
Vou seguindo dia a dia,
Pendurada na força real
De recomposição!

Porque é minha a santidade,
e o meu maior milagre 
É sobreviver!

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