Quero uma conchinha,
Onde eu possa me meter,
E bem quieta, encolhidinha
Ao som do mar adormecer.
Quero tanto um buraco,
Onde eu possa me enfiar,
E plantar-me nessa terra,
Esperando alguém regar,
Pra depois de uma temporada,
Semente renovada,
Poder leve brotar.
Quero mesmo um colinho!
Pra ficar aconchegada,
Sem precisar pensar ou dizer,
Poder chorar uma enxurrada,
Pra limpar minha visão,
Que com tanta emoção,
Ficou toda embaçada.
Ou quem sabe um casulo,
Tecido por mim, a mão.
Pra lagarta sorrateira,
|Suspender esse quinhão,
E com mais uma quimera,
Renascer na primavera,
Pra voar na imensidão!
Nenhum comentário:
Postar um comentário