terça-feira, 6 de agosto de 2013

Da paixão platônica

A paixão pode até ser um devaneio, mas como pulsa o peito de quem quer! Como é  intenso, mesmo que breve, o baticum que no peito ritma a vida. Eu a vejo passar. Ela não sabe, mas, a quero! Quero mesmo que vê-la passar sem que saiba que a vejo admirada de cada movimento do corpo que dança no ar enquanto caminha, como se num dueto com o vento.

Um dia desses, num relance de embriaguez de álcool e de desejo, ensaiei dizer-lhe umas palavras, creio que tremi mais que falei, e até agora não sei se deu para entender, espero que sim, espero que não! Meu ser apaixonado avança e corre de medo!

Certo que talvez não saiba muita coisa sobre ela. Não sei qual seu diretor favorito, seu hobby e nem o que gosta enquanto se entrega ao prazer, mas sei e sei com toda a certeza possível para os sentidos, que os olhos despertam a alma e que a pele dela, mesmo que sem querer, quando roça na minha produz uma eletricidade que mantém meus nervos ligados. Sei que gosta de ser gostada, e sei que gosto dos seus labirintos, gosto dos seus trocadilhos, gosto do seu nervosismo. Acho bonitinho quando as suas palavras sentidas não conseguem se articular em uma frase, o que a mim demonstra uma sinceridade infantil que realça os seus olhos.


Sei que tudo pode passar sem ao menos ser, mas que bom que seria se fosse, e se não fosse, que bom que já é desse jeito, mesmo sem ser! Olhem de novo eu me perdendo em devaneios. No fundo escrevo pelo sopro de esperança de ser lida por ela, sentida de algum modo, e que quem sabe sua esperteza seja maior que minha coragem e que uma hora dessas, quando der, puder ou quiser, haja tempo pra testar ou esquecer! 

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