sexta-feira, 31 de maio de 2013

você, eu e meu avesso

Nem sempre te quis doce
Luz fraca rompendo a noite escura
Nem sempre te quis leve
Pluma flutuante por entre a envergadura
Nem sempre te quis minha
Exatidão entre as certezas impuras

Quis-te demônio maldito
Que afeiçoava-se da minha madrugada
Quis-te entre meus gemidos,
Entre meus gritos, entre as surtadas
Entre as minhas pernas, entre os medos infindos
Quis-te no meu ódio espaçado e continuo
Entre mim e a loucura que batia a porta
Quis-te inteira
E você, e ninguém poderia suportar

Todo o meu peso 

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