segunda-feira, 4 de março de 2013

Soque seu fundamentalismo no meio do seu êdi!


Eis nos aqui frente esse imenso muro cinza: O argumento da existência de um mundo para além desse servindo de pretexto para reduzir-nos a vida. Não, não quero saber das suas concepções de verdade ou de pecado, de fé ou de Deus: Elas simplesmente não me servem, elas não dão conta da minha vida e do que precisa ser feito por mim para chegar à felicidade. Parem de agir falsamente em nome de Deus quando está claro que o que lhes interessa é a manutenção dos privilégios que historicamente construíram: o poder sobre a força do nosso trabalho, o poder sobre nosso sexo, o poder sobre o nosso útero, a redução das nossas capacidades cognitivas a intuição e obediência. Não queremos mais os seus padrões. Não queremos mais os seus sermões. E não queremos essa “salvação”.

Ladrões de almas, cujo discurso envenena o mundo tornando as pessoas inimigas do prazer (sobretudo o nosso prazer). Ladrões de felicidade que se apropriam das formas de comunicar, das formas de produzir, do gerenciamento da política e da legislação para dominar o meu corpo, para negar a minha mente, para acorrentar minha liberdade. Ladrões da inteligência que com seus dogmas ditos inquestionáveis emburrecem o mudo e cegam as pessoas para o obvio.

Já sabemos das suas armadilhas, aquela história de Eva e de maçã, pra colocar a culpa da dor do mundo sob nossas costas, sabemos ainda que nos impõe a subordinação do nosso sexo ao seus prazeres e interesses para depois nos denominar putas, vadias e legitimar seus atos violentos. Sabemos das suas vantagens pessoais, sociais e políticas e não estamos dispostas, “queridos”!

Saibam desde já, suas leis não nos servem. Suas formas de fazer política não são adequadas e que realmente estamos com raiva! Se não temem a ação, se já se sentem no controle, se preparem para ressaca, aproveitem o ruir do seu império machista e só por sermos boazinhas, avisamos, se preparem para a virada!

A nossa vingança não precisa ser sangrenta, nem replicaremos as violências por vocês cometidas, seguiremos nossas vidas sem ser suas serviçais, usufruindo dos nosso corpos e transformando o mundo num lugar menos desigual!

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