domingo, 3 de março de 2013

corpo político


Eis o meu corpo
Reduto da minha existência,
Que pelo acesso ao prazer se torna
Possibilidade da minha transcendência
E instrumento político
De ressignificações e consciência ...

Esse corpo que todos querem aprisionar
E, capital, igreja e  Estado.
Empenham-se nessa tarefa,
Caminhando lado a lado

E eu, e outras rebeldes
Dadas a pouca obediência
Cansadas desse discurso
De ordem, moral e decência.
Fazemos dos nossos corpos
Símbolo da nossa resistência

E num gesto quase grito
Deixamos nosso recado:
Findem-se os discursos e leis
Que julgam nossos corpos pecado
Acabemos com o principio
Que os transforma em mercado
Quem manda no meu corpo sou Eu
Não a igreja ou o Estado!

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