Erguia lentamente os olhos,
e, a cada passo, tudo se apresentava como paisagem nova: Passagem pra um tempo
onde cintilam as incertezas e florescem as possibilidades. Se, por um momento, temia
a ameaça da queda de passos dados em terrenos desconhecidos, nem por isso
paralisava ante o medo, seguia intermitente, porém, plena, na certeza que pra
tudo no mundo há um jeito!
Sabia ainda que nada havia
de tão importante, que nada poderia lhe apavorar tanto a não ser se perder de
si por um percalço qualquer da vida. Mas se segurava e cuidava de si para não
vagar distante do que lhe era essencial.
De bagagem leve, com olhar
curioso e com astucia nos movimentos, seguia, e, dia a dia se fazia de matéria de
vento ou terra. Construía-se das idas e vindas. Das pessoas e das ideias
montava seu eu, e nunca era a mesma, e nunca queria parar de se transformar!
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