A minha alma pulsa constante. Há quem diga que o pulsar é
intenso e derradeiro, mas mim as vezes parece que o peso dessa emoção é insustentável
. Logo a mim cujo a tolerância beira a escassez sobrou uma visão sensitiva tão
ampliada.
Sim, vejo os atos cotidianos de leveza, humildade, coragem, resistência
e solidariedade que alimentam as esperanças e constroem possibilidades de
permanecer em pé. No entanto, não posso, não com o senso critico que em mim foi
despertado pela dor cotidiana de ser exatamente quem sou, ignorar tudo que dói
em mim, no mundo e é latente.
A falta de sensibilidade diante do que é caro ao outro, ou as
atitudes infames em nome da satisfação do ego, ou tudo que fizeram em nome da
liberdade sem compreender que liberdade é um construto cotidiano que equilibra
o desejo e suas consequências globais e individuais.
Claro que não se pode abandonar a visão do por do sol, mas também não se pode
negar que todo dia anoitece.
Que meu pessimismo não me cegue de toda a beleza, e que meu
otimismo não me torne covarde para ver, perceber e enfrentar o que há de
injusto, em mim e no mundo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário