Se algo moveu por dentro foi à insatisfação. Aquela agonia
interna de saber que embora não saiba o que se quer, há a consciência nítida de
que o disponível não é de modo algum, nem subsidiariamente o esperado e
querido. Foi aí que se fundou o passo, inicialmente fraco, desordenado,
posterior firme e ansioso. Mas com tanto caminho pra trás e pra frente surge a
pergunta: Quanto ainda hei de andar? E na seqüência a resposta: Até que os
olhos repousem numa beleza que mereça um tempo a mais de contemplação, sabendo
que esse tempo a mais não significa parada, antes disso, pausa, até que aquela
beleza murche ou entedie, e novamente a insatisfação impulsione na alma o
movimento! Enquanto isso não ocorre é se deslumbrar com as peripécias do caminho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário