terça-feira, 3 de setembro de 2013

Da escolha (na duvida)

Erguia os olhos na névoa dos fatos e era impelida pelo medo a fugir, ao tempo que as circunstancias lhe obrigavam a agir. Parecia, em um momento (e não só parecia como de fato era assim mesmo), que nenhuma escolha seria isenta da dor, e que a resolução de um problema implicava imediatamente na criação de outro, como quem se medica, tem efeito colateral e precisa de outra medicação de remedei o efeito causado pela primeira!
De qualquer modo, toda a sua liberdade não lhe dava a escolha de não escolher, apenas de decidir em que situação difícil se enredar.
Nesses momentos em que pulsava a vida e a humanidade em cada centímetro do corpo, a mente queria se encolher, mas sabia desde sempre que se encolher era a pior escolha possível. A única forma de ser melhor era decidir por qualquer merda que fosse, e armada de si mesmo encarar todas as consequências recolhendo daí o máximo de aprendizado possível.

Acendeu um cigarro, mordeu os lábios e foi, sem certeza nem duvida, foi apenas para o caminho que por um ou outro motivo, por uma ou outra miopia, lhe pareceu mais coerente. Foi sentindo nas costas, nos poros e nas ideias (sobretudo nessas) o imenso peso de ser gente! Como dói tanta humanidade! 

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