sexta-feira, 23 de março de 2012

manhã de sexta


Manhã de sexta feira. Ela ainda não conseguira conciliar o fato e o afeto, mas ao menos aprendera a fingir o que mediante toda a exposição dos últimos meses era de extrema importância.

Fora isso, as expectativas de dias melhores começavam a ascender no peito como chama ainda miúda, mas com grandes possibilidades de virar um fogaréu que destruiria tudo que fosse dor.

Tudo soava como se fosse esperança: o livro que leria, as novas aulas de dança, os amigos que conhecera no dia anterior, a viagem que estava planejando, a limpeza que faria em seu apartamento. A esperança do novo inundava a sua alma dando a idéia de tudo que queria já estava em alguma medida impregnado a sua existência.

De repente o barulho de dentro transcendeu o movimento externo e ela latente e agonizante despertou para mais uma sexta feira ascendendo um cigarro e masturbando-se com a mente fértil apenas para o prazer.

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