sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Norma


Em nome de um “desenvolvimento” que mais combina com des-envolvimento criamos no Brasil zonas de sacrifício onde reproduzimos a antiga luta de classes e se loteiam terras dos alguéns que soam para  a maquina estatal como ninguéns. Essas pessoas reféns de um poder ilegítimo que atua a mando das grandes empresas que compram o incomprável e espalham o terror como se houvesse nisso algum tipo de justiça, lamentam sua falta de direitos e vendem o pouco que tem em busca de sobrevivência em uma lógica onde se paga por estar vivo.
Norma, uma mulher da Vila Nova Mutum que tem uma coragem que as mulheres tem a mania de ter denunciou em face do monstro político esse absurdo. Relatou ela cara  a cara do governador de Roraima Confúcio Moura o que acontece, e que ele sabia.
Denunciou a escravidão no século XX porque a lei áurea parece ter sido assinada a lápis, e com a chegada do “progresso” foram os moradores da vida que ficaram para trás, pois o progresso passa embaixo do nariz e não beneficia esse povo.
Esse povo que aluga as casas, a força de trabalho e os corpos para sustentar um custo de vida injusto, e se pergunta dia a dia cadê nossos direitos humanos, chegando a cruel constatação que o monstro do desenvolvimento econômico capitalista engoliu até o ultimo direito que poderiam ter. 

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