terça-feira, 14 de junho de 2011

Contra a violência: Arco-íris

Mesmo com a chuva
E com a violência
Cega
Desmedida
Contra nós que simplesmente amamos
Em nossa semelhança (e diferenças)...

Surge a cada raio de luz um arco-íris

Mesmo com as mortes
Com as agressões
Com o patriarcado
E com o engodo nojento
Que tenta encaixotar nossos afetos

Surge a cada raio de luz um arco-íris

Mesmo,
Com os fundamentalismos
Que não querem reconhecer
Que existimos
Amamos,
Trabalhamos,
 E tudo mais...

Surge a cada raio de luz um arco-íris

Mesmo,
Quando insanas vozes se levantam
Em nome de Deus
(Que nada tem com isso)
Querendo que recuemos
Querendo tolher nossas vozes
Limitar nossos direitos,
E nos impor a clandestinidade.

Surge a cada raio de luz um arco-íris

Mesmo
Com a negação dos nossos direitos
Econômicos, civis,  políticos
E, sobretudo humanos.

Surge a cada raio de luz um arco-íris

Surge a cada raio de luz um arco-íris
E sempre hão de surgir
Pois somos e  seremos sempre  arco-íris
Colorindo e diversificando o mundo
Pois somos diversos
E a vida é o que mais vale...

Raiam de nós mesmos as luzes
Que dão origem aos arco-íris
Que dão origem as esperanças
De um mundo mais justo

Somos nós o solo fecundo  de onde brotam as transformações

E somos nós
Cotidianamente sóis
Sóis que irradiam coragem e força
Somos nós a solidariedade
Que julgavam atropelada pelo motor inerte
Que anseia o mundo eternamente no passado

Somos nós a contra fogueira
Na qual quiseram atear fogo em nossas vidas

Nosso ardor de sóis
Não geram dor
Geram vida
A cada instante
A vida supra biológica
Supra lógica

Somos sóis  de  felicidade
Somos a  vida afeto
Somos a negação do imposto
A luz da indignação
(Que para além desses tempos obscuros
Onde uma idéia ultrapassada tenta pela força do sangue
Nos intimidar)
Acende mostrando que há caminhos possíveis

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