Diante das questões novas-velhas do mundo como agir? A humanidade busca esperanças e se perde re-configurando modelos falidos que permanecem falidos pois a sua reconfiguração não atinge a sua estrutura perversa possibilitando transformações concretas, e nós humanos ditos pensantes perdemos o hábito de pensar coisas novas, de aprender com os nossos erros e de acreditar em um outro mundo possível.
O mercado nos engessa. O capital nos acorrenta. A segurança nos aprisiona. O medo tira nossa tão sonhada liberdade. Nós viramos reféns da nossa própria criação e perdemos o domínio da nossa vida.
O que é hoje nosso objetivo? Que sociedade queremos ? Reduzimos o Estado a provedor de serviços mas o damos poder de exterminar o que consideramos ameaça embora isso seja uma chacina silenciosa (porque nos abafamos todas as mortes para não ter sob nossa cabeça esse sangue derramado).
Melhor culpar o outro, o outro ser impalpável mas que é todos nós. Todos somos o outro que mata, segrega e silencia.
Nessa sociedade autofágica nos tornamos vitimas e algozes das nossas inseguranças e incertezas não conseguindo lidar com a fluidez que criamos nos agarramos a coisas mais inexistentes ainda buscando alguma segurança. E nessa busca de segurança cada vez mais perdemos a segurança. Cada vez mais ficamos sozinhos na busca de companhia (que é cada vez mais virtual) e silenciamos quando somos obrigados a encarar o nosso monstro coletivo.
Onde se perdeu nossa consciência. Oh Deus criação primeira dos nossos medos, olhai por nós.
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